2013 começa com Anônimo Veneziano

Assim como Dio Come Ti Amo, o emocionante Anônimo Veneziano é um filme romântico italiano que marcou toda uma geração.

Enrico (o galã Tony Musante), um músico de renome, está muito doente e chama sua ex-mulher, Valeria (a brasileira Florinda Bolkan no auge do sucesso), para visitá-lo em Veneza. Ao som da belíssima trilha sonora de Stelvio Cipriani, eles passeiam pelas ruas da cidade e conversam sobre o antigo relacionamento, o filho em comum, o amor e a vida. Com lindas imagens de Veneza, Anônimo Veneziano é um romance inesquecível para ser visto nesta primeira sexta feira do ano Cine Clube Brasil Itália.

 

Gênero Drama
Elenco Tony Musante; Florinda Bolkan; Toti Dal Monte; Sandro Grinfan; Brizio Montinaro; Giuseppe Bella …
Direção Enrico Maria Salerno
Ano de produção 1970
País de produção Itália
Duração 90 min.

Esta sexta, dia 05,

Sessões as 13h, 15h e 19h.

Entrada franca.

Classico O Mercador de Veneza esta sexta no Cine Clube Brasil Italia

A adaptação da peça homônima escrita por William Shakespeare se passa na Veneza do século 16. O jovem nobre Bassanio pediu dinheiro emprestado ao amigo Antonio. O objetivo de Bessanio é viajar a Belmont e pedir a mão de Portia. No entanto, Antonio não pode emprestar o dinheiro e só resta ao jovem procurar o agiota Shylock. O amigo pede dinheiro ao negociador pessoalmente, prometendo-lhe um naco de sua própria carne caso não haja pagamento. Essa negociação acaba mudando a vida de todos em volta de Bassanio.

Dirigido por Michael Radford (O Carteiro e o Poeta) e com Al Pacino, Jeremy Irons e Joseph Fiennes no elenco.

Titulo Original William Shakespeare’s The Merchant of Venice
Gênero Comédia / Drama
Atores Lynn Collins (Portia), Joseph Fiennes (Bassanio), Jeremy Irons (Antonio), Al Pacino (Shylock)
Direção Michael Radford
Idioma Inglês
Ano de produção 2004
País de produção EUA / Itália / Luxemburgo / Inglaterra
Duração 131 min.

Esta sexta, dia 10 de agosto.

Sessões ás 09h00; 17h00 e 19h00.

Entrada franca.

O clássico Morte em Veneza é a atração em cartaz nesta sexta dia 01

Abrindo o mês junino, o Cine Clube Brasil Itália exibe o filme Morte em Veneza.

Adaptado do famoso romance de Thomas Mann e com o rigor artístico peculiar do diretor Visconti. O clássico desta sexta feira mostra a história do compositor Gustave Aschenbach, que viaja para Veneza em buscade descanso em meio a uma crise existencial.

Entretanto, Gustave se apaixona por um belo garoto adolescente, Tadzio. A beleza do rapaz ao mesmo tempo atrai e oprime o compositor. Esse fascínio pelo belo, a busca do sublime e do perfeito se contrapõe à epidemia que ataca a cidade, à pobreza que o cerca, à tudo que se afasta dos ideais estéticos.

Tudo faz com que o compositor se sinta mais incompatível com o mundo, acentuando sua crise.

Titulo Original Morte a Venezia
Atores Dirk Bogarde, Mark Burns, Marisa Berenson, Carole André, Björn Andrésen, Silvana Mangano…
Direção Luchino Visconti
Gênero Drama
Ano de produção 1971
País de produção Itália
Duração 130 min.

Nesta sexta , dia 01 de junho. Às 09h00, 17h00 e 19h00.

Entrada franca, venha e divita-se.

É carnavale anche in Italia

Hoje celebrado em várias partes do Mundo, o Carnaval ou Entrudo teve a sua origem na Europa, segundo uns nas festas em honra de Baco ou Saturno da Roma antiga, embora outros se inclinem mais para reconhecer a sua raiz nos rituais celtas pagãos que foram posteriormente regulamentados pela Igreja Católica. Do latim levare (retirar) e carne, o Carnaval marcava o fim dos prazeres carnais e era celebrado com grande liberdade de costumes, em que se podia comer e beber sem limite, nos três dias anteriores à Quaresma, período de abstinência em que só era permitido comer peixe. O Carnaval de Veneza pode ser considerado o mais importante e famoso de toda a Europa.

A sua origem, nos termos em que hoje é conhecido, remonta, segundo se pensa, ao ano de 1162, quando a então designada Repubblica Della Serenissima obteve uma importante vitória na guerra contra Ulrico, o patriarca de Aquileia, que invadiu a cidade enquanto esta estava ocupada a lutar com o Ducado de Pádua e Ferrara. Após a derrota, Ulrico teve de pagar à cidade um touro e doze porcos, que passaram, a partir de então, a fazer parte da tradição da festa da Sexta-feira Gorda, em que o mesmo número de animais era morto na Praça de S. Marcos, numa grande festa que incluía banquetes, danças, espectáculos de acrobacias, truques de magia e marionetas, entre outros.

A especificidade do Carnaval de Veneza nascia assim oficialmente das celebrações desta vitória e, como era hábito na Idade Média, mágicos, charlatães, acrobatas e saltimbancos juntavam-se ao povo, aos mercadores e à nobreza. Veneza, na época ainda uma pequena mas muito poderosa república, tinha uma acentuada característica multicultural, fruto da sua importância como centro mercantil e ponto obrigatório da passagem, tanto no actual território da Itália como nas rotas da China e do Próximo Oriente.

Esta festa continuou por muitos séculos até que no século XVII foi enriquecida em termos de música, cultura e vestuário rico e exótico. As belíssimas máscaras estiveram, durante centenas de anos, associadas à tradição e à fantasia do Carnaval e muitas delas tornaram-se famosas fazendo mesmo parte da “Commedia dell’Arte”, um tipo de teatro cómico surgido na segunda metade do século XVI, que se contrapunha ao teatro clássico rígido e formal e que imortalizou personagens como o Arlequim, a Columbina, a Pulcinella, o Doutor ou o Pantalone.

Em Veneza o Carnaval começava oficialmente com oListon delle Maschere, o caminho das máscaras, que era o passeio dado pelos habitantes que, elegantemente vestidos e usando as suas máscaras, expunham as suas riquezas em sedas e jóias. Primeiro pelo Campo de Santo Stefano e mais tarde pela Praça de S. Marcos, por este último local ser mais espaçoso, para trás e para a frente, desfilavam repetidamente até acabarem no restaurante ou no teatro. A “Bauta”, de cor branca, é considerada a máscara tradicional de Veneza, a qual permitia ao seu utente comer e beber sem a retirar, sendo usada também durante todo o ano para proteger a identidade e permitir os encontros românticos. A “Moretta”, máscara exclusivamente feminina, foi uma das mais famosas, apesar de ser segura, através de um botão, pelos dentes da frente, o que impunha às mulheres um silêncio forçado muito do apreço dos homens.
As touradas ao estilo de Pamplona, introduzidas em Veneza no século XVII, foram muito populares até ao início do século XIX. Tinham lugar desde o primeiro dia até ao último domingo de Carnaval, excepto à sexta-feira, cada dia numa parte diferente da cidade, começando logo após o almoço. Outra prática interessante era o patinar no gelo dos canais de Veneza, o que demonstra bem o tipo de condições atmosféricas desses tempos. Os espectáculos de marionetas agradavam imenso à população e eram uma forma de vender bálsamos milagrosos e o elixir da longa vida.

O Carnaval era uma excelente oportunidade para conhecer novos amores e uma das formas de fazer a corte às mulheres; era a prática de atirar ovos perfumados, cheios de água de rosas, às casas das eleitas, mas também aos espectadores, às damas da sua preferência e aos maridos destas. “Mattaccino” era o nome dado às máscaras dos jovens atiradores de ovos, ficando a ser um dos personagens típicos do Carnaval de Veneza. Estes ovos perfumados, que existiam em grande variedade, chegaram a ser grande moda e eram vendidos nas ruas pelos mercadores.
Existem hoje em Veneza cerca de dois mil fabricantes de máscaras, verdadeiras obras de arte feitas de couro, papel mâché, alumínio ou seda. Requintadas, como a maschera noble, ou absurdas, como o taraccoda Commedia Dell’Arte, são absolutamente imprescindíveis ao ambiente de ilusão feérica vivido no grande palco de personagens irreais em que Veneza se transforma durante o Carnaval. O entusiasmo e a folia continuam no Carnaval de hoje, grande atracção turística que chama à cidade um sem-número de estrangeiros que nem a inflação dos preços dos hotéis consegue desencorajar. Nas ruas, os trajes e as máscaras continuam exuberantes e magníficos e o auge da festa é atingido no fogo-de-artifício de terça-feira à noite, após o qual os ânimos desmaiam no rescaldo dos despojos do festim que ainda mantém o seu carácter sensual e pagão de celebração da Primavera.

 

Carnaval de Veneza. In Infopédia.
Porto: Porto Editora, 2003-2008. [Consult. 2008-08-24].
Disponível na www: <http://www.infopedia.pt/$carnaval-de-veneza>.